Empreendedorismo
Erros de Português mais comuns nas Empresas
Costuma dizer-se que errar é humano, e é verdade... mas também é verdade que dar erros enquanto comunica o seu negócio ou produto pode ser uma verdadeira sentença de morte e uma péssima publicidade para os seus clientes.
Eis alguns dos erros mais comuns que as empresas cometem nas suas comunicações corporativas:
1. Há / À / Á
Uma das grandes guerras da língua portuguesa faz-se com poucas letras – infelizmente, muita gente não sabe distinguir quando usar “há” ou “à” numa frase, mas nós queremos ajudar.
- à: contração da proposição “a” e utiliza-se para referir um lugar, objeto indireto ou complemento nominal; exemplos: “vou à segurança social” ou “disse à secretária”.
- há: conjugação do verbo “haver” e usa-se para referência temporal ou de posse; exemplos: “a reunião começou há 10 minutos” ou “no café há pastéis de carne e de bacalhau”.
- á: não existe.
2. Com Certeza / Concerteza
Uma está certa, outra está errada. A forma correta é “com certeza”. É uma locução adverbial composta pela preposição com e pelo nome certeza. “Concerteza” simplesmente não existe.
3. Onde / Aonde
- onde: deve usar-se para indicação de permanência; exemplo “onde é o seu escritório?”.
- aonde: deve usar-se para indicação de movimento ou destino; exemplo: “aonde vais depois da reunião?”
4. ç / ss / s / c
É uma dificuldade antiga, a de emparelhar corretamente ç / ss / s / c no meio das frases que utilizamos no dia-a-dia, isto porque os sons são por vezes semelhantes, levando à confusão que só pode ser vencida pela memorização do léxico e pela interiorização das regras, decorrentes da experiência de leitura e de escrita. No entanto, há algumas noções que podem e devem ser recordadas, segundo o FLIP:
- s: O (s) representa o som [s] apenas em início de palavra (ex.: seguro, só), a seguir a vogal nasal (ex.: pensão), ou a seguir a consoante (ex.: bolso, psicologia, urso); há algumas exceções, como obséquio ou trânsito, em que o s se lê [z]. Entre vogais, o s nunca tem valor de [s], mas sempre de [z] (ex.: casa).
- ss: O (ss) representa o som [s] apenas em contextos intervocálicos (ex.: assar, isso, promessa), e nunca em início de palavra ou depois de consoante.
- c: O (c) representa o som [s] apenas antes das vogais e (ex.: aceder, alce, comecei, torcer) ou i (ex.: ácido, cálcio, macio, narciso).
- ç: O sinal gráfico (ç) representa o som [s] antes das vogais a (ex.: alça, cabeça, junção), o (ex.: calço, moço, monções) ou u (ex.: açúcar, calçudo). Este sinal nunca surge em início de palavra, nem se usa antes das vogais e (ex.: cabecear) ou i (ex.: mocinho), pois nesses casos o cê sem cedilha (c) já tem o valor de [s].
5. Colocação de Hífenes
É um dos grande flagelos da língua portuguesa: de facto, há muita gente a não saber conjugar verbos e, por isso, a colocar hífenes onde eles simplesmente não existem. “Colocaste” o “colocas-te” por exemplo são coisas completamente diferentes: a primeira é uma conjugação do verbo “colocar” no Pretérito Perfeito (onde a 1ª pessoa se representa como “Eu Coloquei”), a segunda é uma conjugação do Presente do indicativo do verbo “colocar-se” (onde a 1ª pessoa se representa como “Eu Coloquei-me”).
6. Eminente / Iminente
O adjetivo eminente refere-se a algo que está elevado em relação a qualquer coisa (ex: torre eminente). Por outro lado, o adjetivo iminente refere-se a algo que está prestes a acontecer (ex: aquisição iminente”).
7. Retificar / Ratificar
Ao contrário do que possa pensar, “retificar” e “ratificar” são mesmo palavras diferentes – ainda que não propriamente contrárias. Ora “retificar” significa corrigir, enquanto que “ratificar” significa confirmar ou validar.
8. Anexo / Em anexo
Já alguma vez enviou um email onde diz que um documento segue “em anexo”? é provável que sim. Enquanto não está, na verdade, a cometer um erro, a expressão mais correta a utilizar é “o documento segue anexo”, dado que a forma “em anexo” é considerada um estrangeirismo.
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