Smart Cities: Torne a sua autarquia mais sustentável

Smart Cities: Torne a sua autarquia mais sustentável
03
jul
2023
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6 minutos de leitura
Atualizado a
04 jul 2023

As smart cities são o futuro do mundo e apesar de parecer algo difícil de concretizar, a verdade é que são centenas as cidades inteligentes espalhadas pelo mundo, incluindo Portugal.

2030 é o ano definido pela União Europeia para Portugal chegar às 100 smart cities e, apesar do país estar um pouco atrás na expectativa, a verdade é que são hoje já 50 as cidades que, de uma forma ou outra, adotaram métodos e tecnologias mais sustentáveis e amigas do ambiente. Neste artigo, ajudamo-lo a perceber como pode seguir o seu exemplo, bem como exemplos internacionais.

Entenda o que são as smart cities

As smart cities são cidades que adotaram métodos tecnológicos e sensores para recolher dados sobre os habitantes e as infraestruturas, com o objetivo de gerir os espaços de forma sustentável e eficaz. Este desenvolvimento ocorre tanto em novos espaços, desenhados com a sustentabilidade em mente, quanto em espaços antigos que têm de ser modificados.

Apesar dos seus 90 anos, o Empire State Building é hoje um exemplo do que pode ser uma cidade inteligente.

Um dos melhores exemplos internacionais do modo como mesmo edifícios antigos podem abraçar o movimento, é o Empire State Building. Construído em 1931, ele conta atualmente com sistemas de controlo de consumo que informam os habitantes sobre os seus gastos, lâmpadas inteligentes que adaptam a sua luminosidade consoante a luz natural, janelas que permitem o aproveitamento de calor, entre outras funcionalidades.

Existem cinco tipos de cidades inteligentes

Sendo um processo longo e que implica um grande investimento, existem vários tipos de smart cities, desde aquelas que dão os primeiros passos, àquelas que são consideradas verdadeiras cidades inteligentes. No total, há cinco estágios possíveis, nomeadamente, New Explorers, Pathfinders, Foundational Architects, Integration Seekers e Front-Runners.

Em Portugal, um estudo recente estima que existam 50 cidades em algum dos estágios de desenvolvimento. Cerca de 20% encontram-se a dar os primeiros passos, sendo consideradas New Explorers. Na fase seguinte temos a maior fatia, com 46% de cidades Pathfinders. As Foundational Architects são 8%, seguidas de 20% de Integration Seekers, e no que diz respeito a Front-Runners, Portugal terá apenas três cidades, o que corresponde a 6%.

Perceba as características únicas da sua autarquia

Como New Explorer (ou novo explorador), o seu primeiro passo é o de perceber quais as necessidades e características específicas da sua cidade. Por exemplo, um meio urbano com grande densidade populacional terá em foco tecnologias como sensores de qualidade de ar. Contudo, uma cidade mais rural e com pouca densidade populacional, poderá focar-se em melhorar os seus meios de transporte, retirando das estradas o maior número de automóveis possível.

Alie-se a entidades públicas mas também privadas

Numa fase de Pathfinder, torna-se fulcral analisar cuidadosamente todos os recursos à sua disposição. Isto implica reunir-se com entidades públicas (universidades, governo, outras autarquias), bem como com entidades privadas que forneçam sistemas interligados, por exemplo, de rega inteligente. Estando o mundo numa fase de aprendizagem, é fundamental manter uma mente aberta e nada melhor do que juntar ideias de várias fontes, para perceber o que melhor se adapta ao que procura.

Incentive a população a participar ativamente

Usando o exemplo acima, não basta melhorar o serviço de transportes públicos e esperar que a população se adapte a eles. Crie campanhas de sensibilização (nas empresas, nas escolas, e nas redes sociais), e informe as pessoas da importância das smart cities, incluindo os benefícios a curto e longo prazo para o mundo, mas também o modo como a sua qualidade de vida e equilíbrio financeiro podem melhorar já no presente.

Por exemplo, autocarros citadinos elétricos diminuem a poluição e previnem doenças graves, os carros elétricos são mais económicos quando comparados aos automóveis que usam as energias fósseis, os bilhetes e passes dos transportes públicos diminuem se o número de passageiros aumentar, entre outras vantagens.

Aproveite a tecnologia já existente

As câmaras de vigilância podem ser atualizadas e conectadas para o ajudarem a analisar padrões de movimentação. Construtoras que já usam sensores e tecnologia inteligente nos seus edifícios podem aconselhar outras que estejam a dar os primeiros passos. Perceber o que já possui, irá ajudá-lo a direcionar e a gerir recursos da melhor forma.

Garanta o investimento necessário

Transformar a sua autarquia numa smart city é algo que envolve um grande investimento, geralmente na casa dos milhões, nem sempre fácil de angariar. O primeiro passo é perceber quais os apoios do governo, direcionados tanto para autarquias como para empresas e cidadãos singulares. Em simultâneo, pode apresentar os seus projetos à população, bem como a empresas, no sentido de obter investimento externo ou outro tipo de auxílio.

Sete em cada 10 cidades europeias inquiridas preveem investir em soluções inteligentes no futuro, com mais de metade (52%) a planear gastar entre 2 e 10 milhões de euros durante os próximos três anos. - APDC

As smart cities são o futuro e a sua autarquia pode entrar neste processo hoje, juntando-se às dezenas de cidades nacionais e às centenas de cidades internacionais que já procuram ser mais sustentáveis e inteligentes. Para o ajudar estão cidadãos conscientes, empresas inovadoras e serviços como o 5G da NOS, fundamentais aos primeiros passos de um futuro verde.

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