Bandora
Recorrendo à inteligência artificial, a Bandora pretende contribuir para que os países, da Europa e não só, consigam melhorar a sua eficiência energética, reduzindo o consumo até 40%.

O que é/qual é o negócio?
A Bandora é a aplicação de inteligência artificial à gestão energética dos edifícios, na medida que consegue correlacionar em tempo real todos os dados por eles gerados e devolve o reajuste automático dos equipamentos desses edifícios, de modo a reduzir o consumo energético até 40% e aumentar a satisfação dos utilizadores.
De onde nasceu?
A ideia da Bandora surgiu numa conversa entre três membros da equipa em Abril de 2017. A Márcia encontrava-se a colaborar numa startup, que advogava possuir uma tecnologia de inteligência artificial aplicada à iluminação, mas cedo percebeu que estavam muito longe desse fim. O Zé estava de malas feitas para Belfast para assumir uma posição na Universidade de Queens como data scientist, mas desde logo se entusiasmou com a ideia de aplicar os seus conhecimento à área da gestão de edifícios de uma forma mais abrangente.
Missão?
A missão da Bandora é contribuir de forma significativa para que os países possam atingir as normas de performance energética (exemplo da norma europeia EPBD), utilizando a inteligência artificial para conseguir resultados reais ao nível da eficiência energética.
Financiamento?
Desde a sua fundação, em Junho de 2017, a Bandora tem utilizado recursos próprios dos seus dois fundadores, o bootstrapping, que já atingiu cerca de 15.000€. Temos tido várias reuniões com investidores interessados no nosso produto, mas a opinião é unanime: ideia com muito potencial, mas não financiam o estágio de early seed. Não baixámos os braços e se tudo correr bem, conseguimos uma prova de conceito financiada já neste fevereiro, ou seja, a nossa primeira venda!!
Promoção?
Temos vindo a participar em eventos nacionais e internacionais de maior projeção de montra tecnológica, programas de aceleração e outros de captação de investimento, parcerias ou clientes. As redes sociais são importantíssimas, pois alimentam rankings de startups e podem despoletar contactos de empresas de capital de risco. A Bandora foi uma das empresas portuguesas selecionadas pela Web Summit’17 como das mais promissoras e uma das três selecionadas para fazer uma apresentação à Secretária de Estado da Industria, a Dr.ª Ana Lehmann e à comissão executiva da EDP Inovação.
Onde esperam chegar?
O nosso objectivo é a internacionalização. Temos a aspiração de penetrar no mercado Norte-Americano, onde estão sediadas as maiores multinacionais. Fomos uma as startup seccionadas para o Collision Summit 2018, que se vai realizar em New Orleans, e esse é um passo importante na nossa estratégia.
Como lidaram com a incerteza inicial?
Lidamos com ela todos os dias e é isso que nos permite melhorar e continuar em frente. Ainda estamos no inicio e temos facilidade em adequar o nosso produto e a nossa mensagem de acordo com os vários feedbacks que vamos recebendo.
Vosso maior trunfo? Ingrediente secreto?
Diria que temos vários : a inteligência artificial é um das maiores tendências actuais; por outro lado, quer por questões ambientais ou legislativas, a eficiência energética é uma prioridade. Conseguimos na Bandora juntar as duas. Por ultimo o facto de termos uma equipa multidisciplinar permite-nos ter uma abordagem mais completa ao mercado.
O que sugerem a quem começa?
A quem começa sugerimos que se foquem nas provas de conceito. Os investidores querem ouvir falar de números, número de utilizadores, resultados obtidos, valor das vendas, entre outros. Esqueçam que têm uma ideia fantástica e que não precisam de gastar dinheiro do nosso bolso, pois os investidores não vão aparecer com um maço de notas na mão. Longe vão os tempos em que bastava uma boa ideia e a sua exequibilidade era secundária
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Qual o melhor conselho profissional que já recebeu?
Assim que fundámos a Bandora, participamos no maior desafio de startups, o Climate Launchpad da Comissão Europeia. Na final nacional fomos aconselhados a ouvir o mercado para validar a ideia, o quão disruptiva e original, a sua recetividade e o quanto esse mercado está disposto em pagar por essa solução.
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