Dedal
Se acha que a formação não tem utilidade, atente bem no nosso Caso de Sucesso do Dia: Patrícia Valinho criou a Dedal durante uma aula de empreendedorismo. Isso mesmo!
A Dedal é uma marca portuguesa que desenvolve produtos utilitários de homeware e giftware através da valorização do design português, recorrendo unicamente a matéria-prima europeia.
O que é/qual é o negócio?
Criamos produtos especiais, únicos e utilitários, para a casa que pretendem transformar rotinas em momentos memoráveis. Produzimos em Portugal, com recurso a matérias-primas locais.
Acreditamos que cada ato de compra pode contribuir para uma sociedade melhor e mais justa. Queremos preservar a herança dos processos de manufatura portugueses, desenvolver as empresas locais e apostar nos jovens talentos.
Fazemos a ponte entre universidades e unidades de produção local, tendo colaborado com universidades (ESAD.CR e FBA.UL). Também aceitamos colaborações individuais com jovensdesigners desde que se encaixem nas nossas coleções.
Vamos lançar em breve novas edições na coleção de cerâmica e estamos a preparar a próxima coleção (cortiça).
De onde nasceu?
No âmbito de uma pós-graduação no INDEG (ISCTE) «Gestão e Empreendedorismo Cultural e Criativo». Na cadeira de Empreendedorismo (lecionada pelo Prof. Rui Ferreira) desenvolvi as bases da Dedal: desafiar os jovens designers de produto que todos os anos ingressam no ensino superior e que têm poucas oportunidades de empregabilidade. Por outro lado, procurava também valorizar as técnicas artesanais locais.
Missão?
Desenvolver acessórios para a casa, únicos e utilitários, feitos por mãos felizes. Oferecer aos nossos clientes produtos extraordinários inspirados nas raízes portuguesas, feitos em condições laborais justas e criados por jovens designers.
Financiamento?
Próprio e reinvestimento do lucro na operação. Para continuar a crescer teremos que encontrar fontes alternativas de financiamento (crowdfunding ou angariação de investidores).
Promoção?
Atualmente: pontos de venda estratégicos, parceria com outras marcas e redes sociais.
Onde esperam chegar?
Levar os nossos produtos feitos em Portugal a muitas casas em todo o mundo! E também queremos contribuir para a massificação de produtos bem desenhados feitos por mãos felizes.
Como lidaram com a incerteza inicial?
É sempre difícil. O risco, os imprevistos, a necessidade de fazer várias tarefas ao mesmo tempo (para as quais nem sempre dispomos das ferramentas necessárias) e o estrangulamento financeiro fazem-nos duvidar constantemente. No entanto, a gratificação de ver os produtos nas lojas, as caras dos compradores (visitamos as lojas anonimamente com frequência) e as dos designers com os seus produtos na mão… fazem com tudo valha a pena!
Vosso maior trunfo? Ingrediente secreto?
Acreditar! Validar constantemente os pressupostos iniciais e adaptá-los, se necessário. É muito importante ser flexível em relação aos contextos dos nossos stakeholders (há que preferir relações em que todos beneficiem).
O que sugerem a quem começa?
Perseverança, resiliência e aceitar o apoio da rede familiar e de amigos. Saber ouvir a opinião dos outros, sem trair a nossa intuição (por vezes contrária à de quem nos é mais próximo). Aceitar que às vezes há fatores externos que não controlamos e que vão alterar os nossos planos. É fundamental ter planos B (ao limite, tantos quantas as combinações das letras do abecedário).
Qual o melhor conselho profissional que já recebeu?
«Focar no que é realmente importante: o que é essencial?». E na verdade, num negócio em fase de arranque, todos os dias há necessidades de ajustar, urgências, imprevistos; enquanto não atingimos o nosso ponto ótimo de faturação é fundamental saber gerir os recursos. Saber priorizar e, acrescento, identificar como fazer mais com menos: fulcral.
Mais informações em dedal.pt.