Papel Florescente


O nome do projeto de Mónica Oliveira e Nuno Bernardes não abarca qualquer erro ortográfico – para estes dois amigos o Papel é mesmo florescente.

 

Aparentando ser papel reciclado normal, o Papel Florescente recebe sementes a meio da sua produção, o que lhe permite uma espécie de continuação do ciclo da vida. Depois de usado, é só rasgar, molhar, plantar e ver florescer chá, flores e até mesmo vegetais como agrião e rúcula.

 

O grande objetivo, esse, não se cansam de sublinhar: promover a responsabilidade social e ambiental ao mesmo tempo que ajudam a criar, de forma sustentável, postos de trabalho.

 

 


O que é/qual é o negócio?
O negócio da Papel Florescente é a comercialização de papel reciclado que é produzido de forma completamente artesanal. O seu enorme diferencial é que ele tem a particularidade de poder ser plantado depois de usado, gerando plantas.
Comercializamos as folhas, que podem ter as mesmas aplicações que qualquer folha normal, e também peças específicas para projetos pessoais ou institucionais – pode surgir em forma de cartas, convites, cartões de visita, flyers promocionais, tag’s, entre outros.
Na verdade não vendemos apenas papel: Oferecemos uma experiencia! Consciência ecológica! Numa sociedade que vive a mil à hora e é completamente descartável, poder ter um produto que tem uma 2ªvida é qualquer coisa de fantástico. No nosso caso é mais uma terceira vida pois o papel é reciclado.

 

De onde nasceu?
O projecto nasceu de uma troca de ideias entre os sócios, que pretendiam empreender num negócio com base numa directriz sustentável uma vez que a causa ambiental e a preocupação com a sustentabilidade sempre estiveram presentes no seu dia-a-dia. Em conversa entre os atuais sócios surgiu esta ideia que é algo idêntico ao que já foi feito em tempos passados com a impregnação de pétalas de flores. A ideia desenvolvida era tão desafiadora, tão excitante e inovadora que era impossível recusar. Foi a oportunidade ideal para contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e consciente das responsabilidades económicas, ambientais e sociais

 

Missão?
Desenvolver, produzir e comercializar de forma rentável para os acionistas e investidores produtos de forma artesanal que sejam amigos do ambiente, promovam a responsabilidade socioambiental e que incentivem ao consumo consciente na sociedade, crescendo, ao mesmo tempo, de forma sustentável para criação de postos de trabalho.

 

Financiamento?
Não recorremos a qualquer financiamento, sendo todo o investimento feito com fundos próprios. No entanto, estamos a preparar-nos para apresentar o projeto a investidores que se mostrem interessados e que nos permita crescer mais rapidamente.

 

Promoção?
A divulgação inicial foi feita através do lançamento do site e da página de Facebook, que tiveram um efeito viral bastante apreciável. Depois temos vindo a ser abordados por alguns sites dedicado a iniciativas mais verdes, bloggers de tendências e jornais.
No futuro pretendemos ir a feiras, congressos ou qualquer outro tipo de atividade que se coadune com o nosso produto e posicionamento no mercado.

 

Onde esperam chegar?
O nosso objetivo passa por consolidar o projeto, continuando a desenvolver produtos com responsabilidade socioambiental e que incentivem ao consumo consciente na sociedade. Queremos aumentar a oferta de produtos e serviços, respeitando sempre o nosso atual método artesanal e controlado de produção, além de criar parcerias bem definidas de revenda dos nossos produtos.
Além disso, projetamos fazer uma expansão natural de mercado para outros países da Europa, nomeadamente Espanha, Inglaterra e Holanda.
Queremos tornar-nos uma empresa referência em sustentabilidade, tendo como base princípios de responsabilidade ambiental, social e económica.

 

Como lidaram com a incerteza inicial?
Foi um processo longo. A principal dificuldade foi mesmo o desenvolvimento da produção do papel e encontrar a consistência certa do mesmo. Nenhum de nós é ou está relacionado com esta área e por isso coisas simples por vezes tornavam-se complicadas. Foi necessário falar com pessoas que atuam na área, testar o processo de produção de papel reciclado e depois incrementar com este diferencial de inclusão de sementes. No entanto, ir aprendendo descobrindo e desenvolvendo todo o processo da arte da produção foi muito enriquecedor e muito gratificante. Mas o desafio era exactamente esse.
Do ponto de vista empresarial, o nosso maior desafio estava mais ligado a fatores externos, como a crise económica e financeira que Portugal atravessa. O diferencial do nosso produto e o modo como é elaborado – de forma artesanal e produção controlada – faz com que a nossa folha tenha um valor monetário superior ao de uma folha normal e isso poderia ser um fator dissuador de compra. Felizmente, o retorno, até á data, tem sido positivo e as pessoas reconhecem esse diferencial.

 

Vosso maior trunfo? Ingrediente secreto?
O nosso maior trunfo é, sem dúvida, apresentarmos um produto que possui um diferencial bastante interessante em relação a outros produtos, ter o cunho de ser um produto amigo do ambiente e temos a “sorte” de estarmos inseridos uma sociedade cada vez mais consciente da necessidade de um mundo sustentável e que, portanto, está bastante recetiva a este tipo de iniciativas e projetos.
Além disso, a paixão com que nos entregamos a este projeto é quase garantia de sucesso. Quando existe uma entrega tão grande a um projeto, e porque não dizer a uma causa, no final só pode correr bem. E assim o projecto Papel Florescente vai crescendo como uma qualquer planta… devagar mas criando raízes.

 

O que sugerem a quem começa?
Consideramos que cada vez mais a criatividade é essencial em qualquer ramo de negócio e talvez seja ainda mais importante em empresas na sua fase de arranque.

 

Qual o melhor conselho profissional que já recebeu?
Gosto muito de me inspirar nos 5 conselhos que Steve Jobs deu um dia num discurso feito a recém-formados de Stanford, que são:

1)        Não se esqueça que um dia irá morrer. Se há um momento para fazer algo acontecer, esse momento é agora.
2)        Encontre um trabalho que ame.
3)        Não tenha medo de recomeçar. E incluo aqui - Não tenha medo de começar e se falhar, de recomeçar.
4)        Acredite que tudo fará sentido no futuro.
5)        Siga a sua curiosidade e intuição.


Mais informações em papelflorescente.pt
 

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