Empreendedorismo

Brunch Clandestino

É atualmente o segredo mais bem guardado da capital, mas já faz um sucesso tremendo: eis o Brunch Clandestino, um projeto que pretende oferecer um brunch vegetariano de qualidade na capital, enquadrado no ambiente familiar e caseiro de quem o serve.

O que é/qual é o negócio?

Cá em casa fazemos o melhor brunch vegetariano de Lisboa. Oferecemos mesa, sofá e boa-onda. Em termos mais objetivos: a nossa mesa tem lugar para seis pessoas que podem ou não se conhecer. Não há duas ementas iguais no Brunch Clandestino e as sugestões são anunciadas com alguns dias de antecedência em relação às datas oficiais. A ideia é que os seis convivas partilhem o espaço - que é a nossa casa -, e que usufruam dele durante algumas horas. Só enviamos a morada na véspera ou no próprio dia de manhã.

De onde nasceu?

A ideia nasceu, em teoria, do feedback superpositivo que fomos recebendo dos amigos sempre que organizámos jantares, almoços e brunches cá em casa. Gostamos de comer bem e de cozinhar, com os devidos devaneios e eventuais experimentações, e isso foi dando azo a que a malta se fizesse convidada quase todas as semanas. Entretanto, um dia, tivemos uma epifania e nasceu o brunch clandestino.

Missão?

Juntar à mesa pessoas que em circunstâncias normais jamais se cruzariam e dar a provar aquilo que nós próprios adoramos comer. No fundo, fazer barrigas felizes!

Financiamento?

Capital próprio. Cada brunch financia o seguinte. É nossa missão garantir uma actividade sustentável e que se financie a ela própria.

Promoção?

Estamos no Facebook e Instragram, que são os canais exclusivos de divulgação do brunch. Apoiamo-nos muito no marketing da caneta e do papel. 

Onde esperam chegar?

Perpetuar a clandestinidade enquanto o projeto fizer sentido nestes moldes e continuar a desenvolver novas ideias que nos façam crescer sem nunca perder a identidade informal e familiar do brunch.

Como lidaram com a incerteza inicial?

Como era uma ideia tão simples, nunca criámos demasiada expectativa e a verdade é que nem tivemos tempo para processar o sucesso do brunch. Aconteceu tudo de forma muito rápida e orgânica. Talvez por isso, por ter nascido de uma forma tão espontânea, esteja a ser tão bem recebido.

Vosso maior trunfo? Ingrediente secreto?

Aqui há um empate técnico. Primeiro, a nossa casa é particularmente castiça. Estamos no centro de Lisboa, num prédio de traça antiga e com vista para os tradicionais pátios lisboetas. Temos a sorte de ter imensa luz natural na sala e uma organização que se presta a uma estética muito original. Temos o nosso próprio feng-shui que começa na nossa loiça, que é toda diferente (e com uma curadoria impecável), e que acabou por resultar na imagem de marca do brunch. A nossa mesa somos nós: sem cerimónia, de mente aberta e particularmente interessada na diversidade - de sabores e de pessoas. A ementa é vegetariana, com ingredientes comprados nas mercearias do bairro. Cozinhamos tudo de raíz e nada é deixado ao acaso.Para além disso, respondemos individualmente a cada um. Não temos respostas automáticas e todos os nossos emojis são sentidos. Não podia ser de outra forma. Queremos que toda a gente se sinta em casa e entre amigos e temos sido muito bem sucedidos nessa missão.

O que sugerem a quem começa?

Que saibam que as ideias que se têm em casa, de pijama, um dia também podem chegar à WebSummit.

Qual o melhor conselho profissional que já recebeu?

Não ter medo de ser espontâneo.

Mais informações na Página de Facebook do Brunch Clandestino.